Mad Max: Estrada da Fúria
(Mad Max: Fury Road)
Gênero: Ação, Sci-Fi.
Lançamento: 14/Maio/2015.
Após vários 26 anos depois da última obra em 1985, George Miller vem tentando continuar a trilogia Mad Max. Finalmente, em 2015, o quarto filme da franquia saiu do papel e permaneceu com o mesmo sucesso dos anteriores. (se não até mais).
Interessante foi intenção de Miller decidir não criar um remake do primeiro longa e sim atualizar o universo da história, criando certa curiosidade nos espectadores e ao mesmo tempo relembrando-os um pouco da época da antiga saga.
Quando vazadas as notícias sobre este último, foi natural um receio dos fãs em apostarem suas fichas num novo longa sem Mel Gibson no papel de personagem- título e sim o ator britânico Tom Hardy.
Ter a responsabilidade de contracenar um filme na pele de um dos ícones de ação, dos quadrinhos, do próprio cinema - marcando gerações pela trilogia-, além de assumir um fardo deixado por Mel Gibson, não seria uma tarefa fácil. Depois de uma boa atuação como Bane em Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Tom Hardy até que representou bem o personagem, mas como um “novo Max”, um pouco menos carismático do que o antigo (um Max mais amalucado e descontrolado), entretanto, creio que isto é questão de tempo para que ocorra o crescimento deste personagem reboot e uma melhor aceitação do público, -espero-.
Talvez a única falha do novo personagem-título, foi tornar-se, involuntariamente, um coadjuvante no próprio filme - devido em parte, à boa atuação de Charlize Teron roubando a cena a todo instante.
Charlize como Imperatriz furiosa se destaca por não ser a mocinha em perigo e sim uma mulher forte, independente e complexa, tornando-se até mais interessante, tanto por conta da excelente atuação como a maneira que sua história é introduzida no enredo – mais “enérgica” que a do protagonista-. O único apontamento triste sobre Charlize foi o “esquecimento” nas premiações de 2016 - o que é uma injustiça à complexidade de seu papel.
No âmbito do enredo, após Max perder a família e ser capturado por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne) – ator que também fez papel do Vilão Toecutter no primeiro Mad Max (1979)-,o guerreiro das estradas fica em meio de uma guerra mortal iniciada pela Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) para salvar um grupo de garotas. Max aceita ajudar Furiosa em sua luta contra Joe, mas a todo tempo se vê dividido -mais uma vez- em seguir sozinho seu caminho ou ficar com o grupo.
O Roteiro é muito bem construído, com a história pós-apocalíptica e a disputa por itens primários como água, fazendo essa obsessão transformar todos tiranicamente. – plano de fundo de vários livros de Sci-Fi vendidos na atualidade.
A composição musical foi belíssima ao trabalho de John Powell.(Conhecido por construir a trilha das Franquias Bourne, Kung Fu Panda e Como Treinar o Seu Dragão), O Oscar*2016 de Melhor Mixagem de Som por Mad Max foi mais do que merecido, a música empolga e complementa de maneira incrível as cenas de ação, com destaque pro “carro de som” com guitarra e tambores -que apesar de bizarro é brilhante-.
A fotografia referencia os dois últimos filmes, não só na maneira como retrata as paisagens desérticas da Austrália, mas também acelerando as tomadas de ação.
Falando das cenas de ação, estas fazem jus total ao gênero. A opção de gravar 80% das cenas com poucos efeitos digitais deixou tudo bem mais realistas. CGI’s foram utilizados apenas para melhorar a paisagem e esconder indícios dos dublês.
Mad Max: Estrada da Fúria, desconstruiu aquele leve preconceito de filmes de pura ação e blockbusters não serem bem vistos aos olhares dos críticos de diversas premiações. E foi nessa pegada que a obra arrecadou 6 Oscar*2016 .(sem citar outros eventos de premiações), nas categorias de Melhor Maquiagem e Penteados, Melhor Figurino, Melhor Direção de Arte, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhor Montagem.
O ritmo frenético também ajudou mantém o público bem atento, deixando-os, após o clímax, pedindo água igualmente aos habitantes do deserto....Ou pedindo por mais Mad Max.
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