A Grande Aposta
(The Big Short)
Gênero:Biografia, Comédia, Drama.
Lançamento: 14/Janeiro/2016.
Como já dizia Super Sam: “Time is Money! Oh yeaaah !”
Mas calma, a opinião não é sobre o personagem de Ramon Valdéz, do Chapolin Colorado, porém o filme de hoje mostra de forma explícita o funcionamento do capitalismo e aonde ele pode – ou não – chegar.
Baseado na crise global de 2008, desde seu desencadeamento até o auge. Um tema muito interessante de se tratar e já premiado pelo cinema, no documentário Inside Job em 2010. Na bolada vez, em 2015, o Longa A Grande Aposta veio para não só arrebentar a bilheteria como fazer história no mundo do cinema.
O roteiro do longa não teve grandes problemas, pois estava nas mãos do memorável diretor Adam McKay, o qual teve a difícil tarefa de desconstruir um assunto tão complexo quanto a crise imobiliária em uma linguagem de fácil acesso aos expectadores – necessitando quebrar a 4ª parede para que isso ocorresse.
É complicado encontrar algumas “falhas” de enredo perante a uma obra tão bem aceita pela crítica e vencedora de vários prêmios, porém esta tentativa de Adam em explicar esse plano complexo que se passa o filme, parte da premissa do expectador ter um ótimo conhecimento sobre as causa da grande crise do sec XXI, ou seja, querendo ou não, o enredo pode parecer um pouco difícil, causado também pelo pacing (ritmo) acelerado a partir da segunda metade da história.
Na minha visão, eu enxergo este “erro” muito como uma oportunidade de se atualizar e pesquisar sobre os tais acontecimentos que abalaram os EUA.
Próximo de 2001, com a revolução da internet, os EUA potencializou muito seu mercado, possuíam um alto valor de caixa, sendo considerado um ótimo país para se investir dinheiro.
Para se obter a casa própria, muitos estadunidenses pegaram empréstimos para realizarem seus sonhos – em vista que os bancos americanos estavam cheios de dinheiro e não existia burocracias ou restrições para se pegar empréstimos-.
Michael Burry(Christian Bale) é um investidor de uma empresa de médio porte, que a partir de dados históricos, percebeu a uma relação entre os títulos hipotecários e o nível de inadimplência, descobrindo que tudo não passava de uma bomba relógio que “estouraria” se este nível alcançasse aproximadamente 15%, assim Michael decide fazer um seguro dessas hipotecas de alto risco (Subprimes). Com o passar de algum tempo, outro investidor, Jared Vennett(Ryan Gosling), abraça a ideia de ocorrer um possível colapso e propõe ao banqueiro Mark Baum(Steve Carell) a venda de pacotes de subprimes.
Na pele do excêntrico, maluco e observador Michael Burry, Bale tem a responsabilidade de dar a arrancada inicial do filme, pois seu personagem é o verdadeiro autor de toda a trama.
O ator britânico sustenta muito bem o alicerce de todo enredo, mostrando criando uma personalidade incrível dentro de Michael Burry, sabendo a dosagem certa entre a comédia e o drama. Com certeza Burry será um personagem ícone de Bale por muitos anos.
Tão autêntico que foi indicado como Melhor Ator Coadjuvante pelo Oscar2016* e premiado pelo Critic Choise Awards 2016* na categoria de Melhor Ator de Comédia, mesma categoria que Steve Carell competiu.
Sim!
Colegas de trabalho disputaram uma mesma premiação. (está ai prova de qualidade da obra de Adam McRay).
Amor a Toda Prova, Agente 86, O virgem de 40 Anos, A Volta do Todo Poderoso, etc... Ambos filmes de comédia protagonizados por Steve Carell, mas desta vez, Carell vive o Marck Baum, banqueiro que transmite a emoção frustrante de um investidor, toda a ignorância e desconfiança no mercado financeiro, um papel dramático excelente – um dos melhores da carreira de Carell-.
Ryan Gosling, teve uma presença muito boa no enredo, visto que este era uns dos principais responsáveis para a quebra da 4ª parede.
Para que achou que aviamos esquecido do galã Bread Pitt, se enganaram!! Hahaha. Pitt possui uma atuação um tanto quanto discreta no decorrer da jornada, porém impecável.
No papel de Ben Rickert um ex-acionista de Wall Street , o qual aceita prestar uma certa consultoria a seus dois amigos Charlie Geller(John Magaro) e Jamie Shipley(Finn Wittrock) – dois investidores de “fundo de garagem” que estão entrando agora no mundo dos grandes negócios.
Em conclusão, estamos diante de um dos melhores filmes de 2016. Adam McRay fez uns dos melhores trabalhos de sua carreira, tocando em um ponto extremamente delicado para os EUA e adaptar um roteiro explicativo em cima disso.
O público se prendeu até o final - apesar de já saber o desfecho da obra – e a curiosidade e a atenção aumentaram conforme o ritmo acelerado do longa.
Dirigir uma catástrofe econômica, inserindo um bom humor, foi definitivamente "a grande aposta" de Adam McKray. Bastou apenas observar para perceber os dois lados da crise.
Premiações pela obra:
Globo de Ouro 2016*
-Melhor comédia, musica e imagem;
-Melhor roteiro;
Critic Choise Awards 2016*
-Melhor Roteiro Adaptado.
Oscar2016*
-Melhor Roteiro Adaptado.
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