Kingsman - Serviço Secreto
(Kingsman – The Secret Service).
Ao redor de críticas boas e ruins, não se pode tirar o mérito de que “Kingsman – Serviço Secreto” foi um dos filmes mais ousados desta primeira metade de 2015.
A mistura de gêneros eu creio ser o maior divisor dessas duas linhas de opinião. O filme é um verdadeiro “Chocolate com Pimenta”, com cenas de ação bem detalhadas, alívios cômicos esquisitos e uma aventura um tanto diferenciada.
Com certeza devemos devemos uma salva de palmas para o diretor Matthew Vaughn. Conseguir reunir esses gêneros em uma única obra e ainda assim torna-la cheia de estilo, não pareceu ser uma tarefa fácil.
Em minha opinião, o que salvou o longa de uma tragédia foram as cenas de ação. Cada cena que aparecia era um eye candy formidável, um festival de acrobacias muito bem sintonizadas pelo dinamismo das câmeras, com muito slow motion e cuttys pontuais, sem contar a participação honrosa de Mark Hamill na trama.
Em minha opinião, o que salvou o longa de uma tragédia foram as cenas de ação. Cada cena que aparecia era um eye candy formidável, um festival de acrobacias muito bem sintonizadas pelo dinamismo das câmeras, com muito slow motion e cuttys pontuais, sem contar a participação honrosa de Mark Hamill na trama.
O filme não se preocupou em iniciar com uma extraordinária cena de combate ou perseguição como era de costumes em filmes desse gênero, pelo contrario, o objetivo foi deixar de lado o Set-Piece explosivo (já esperado) e impactante para mostrar uma cena dramática e posteriormente o nascer de uma nova esperança. Apesar de toda esta minha análise, as cenas iniciais são ligeiras e sem muitos diálogos, porém criam uma espécie de teaser super curioso.
O enredo gira em torno de Gary “Eggsy” Unwin(Taron Egerton), um jovem integrante de uma família pobre que vive no subúrbio de Londres. Mesmo tendo um QI elevado, Eggsy não respeita nenhuma lei, prefere ficar a maior parte do tempo vagando pelas ruas com seus amigos, causando muitas vezes problemas com as autoridades.
A ligação de Eggsy com a Kingsman ocorre através do agente Harry Hart(Collin Firth), o coadjuvante mais querido do enredo e extremamente determinante para incrementar um valor maior ao protagonista.
Em sua cena de entrada, Hart livra o nosso jovem protagonista de uma condenação judiciária e o convida para participar de uma seleção para se tornar um "cavaleiro". Este convite, assim como o encontro, não acontece às cegas, existe toda um sincronismo já previsto desde as cenas iniciais para que as vidas de nosso protagonista e coadjuvante pudessem se cruzar.
Apresentados estes personagens, finalmente todo o mistério da Kingsman é revelado, sua origem, seu objetivo, suas características e regras. A ideia é fantástica, com certeza fácil de ser comprada pelo espectador, entretanto não se pode dizer o mesmo do nosso vilão Richmond Valentine (Samuel L. Jackson).
O lance de dominar o mundo por meio de uma retaliação humana, incrementando chips nos cidadãos pode soar um pouco bizarro, mas dentro de um filme de super espiões isto até pode ser aceito. O problema é que a excessiva dose de humor presente em Valentine ofusca muito a sua verdadeira face de vilão, ou seja, Valentine tentou mostrar ser um vilão no maior estilo “ Joker”(Coringa do Batman) e acabou se transformando num rapper frustrado e bipolar, sendo que até sua ajudante Gazelle(Sofia Boutella) consegue ter uma participação bem maior.
Não vejo problemas em personagens cômicos, contanto que esta habilidade não atropele o roteiro e se transforme naquela idiotice forçada, sendo o resultado que obteve o personagem Valentine. Uma atuação que deve ser esquecida em respeito ao extraordinário ator Samuel L. Jackson.
Enquanto os malditos chips se espalham pelo mundo, Eggsy participa de uma serie de provas para se tornar um espião. São nessas provas que Merlin(Mark Strong) vai ganhando espaço na trama, igualando-se a Hart.
Dentre o leque de atores consagrados, não esquecemos do nosso caro Michael Cane, vivendo o personagem Arthur, uma espécie de diretor da Kingsman. Não obtendo um papel tão marcante no enredo, Michael entra em cena, faz seu trabalho e posteriormente é retirado de forma natural.
É ai, meus caros leitores, que está o diferencial entre atores famosos e atores realmente nobres. O comportamento de Michael diante deste papel foi exatamente aquilo que lhe fora proposto, não utilizando de sua imagem para acrescentar algo além do caráter do personagem, bastou apenas por em prática sua inteligência e técnicas de atuação para dar vida ao papel de forma. Uma atitude meritória, sem duvida merece palmas.
O ápice do longa é exposto com a extraordinária e maluca cena de luta na igreja. Eye candy impecável dentro de um sincronismo que engloba não só o personagem mas toda a triangulação do ambiente inserido.
Uma das mais bem filmadas e melhores sequencias de ação da atualidade. Memorável.
O filme, por si só, estava se desenrolando bem para a aparição calorosa do clímax, quando o tiro novamente saiu pela culatra. Toda aquela emoção dentre os personagens se dissolveu em movimento robóticos, sem falar no desfecho um pouco apelativo.
Em conclusão, “Kingsman – Serviço Secreto” é relativamente bom. Matthew Vaughn conseguiu adaptar esta história de espionagem em quadrinhos num filme totalmente inédito, mesmo tendo alguns deslizes que poderiam facilmente ser corrigidos, Taron Egerton, Colin Firth, Michael Caine e Mark Strong não deixaram a peteca cair.
"Ser um cavalheiro não tem haver com o jeito de falar, o importante é
relaxar e ser confiante.
Não é nobre ser superior ao seu semelhante, a
verdadeira nobreza é ser
superior ao seu antigo eu".
"A conduta faz o homem".
Melhor parte é a parte da igreja, muito foda essa cena.
ResponderExcluirMuito bom o blog, você deveria abrir um canal no youtube sobre cinema ou outros assuntos...
O elenco fez um excelente trabalho no filme. É uma produção espetacular, Kingsman, Serviço Secreto tem a historia bem estruturada, o final é o melhor, sua a narrativa está incrível. A fotografia é impecável, ao igual que a edição. Sem dúvida voltaria a ver este filme!.Vi este filme por Sofia Boutella, certamente este papel foi incrível para esta atriz. Adoro Sofia Boutella novas filmes porque tem muito estilo e personalidade, sua atuação não é forçada em absoluto, suas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Lo recomendo muito, vale a pena.
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