Dr. Estranho
(Dr. Strange)
Gênero: Super-heróis
Doutor Estranho é, por várias fatores, um filme de origem !
Começando,obviamente,pela primeira adaptação do personagem para as telonas (vamos ignorar o filme de 1978),e portanto a apresentação da história do personagem: Um médico cético e arrogante que acaba sofrendo um acidente e não podendo mais trabalhar. Do fundo do poço ele aprende a lição de moral além de ser apresentado a um mundo místico e se tornar um mago. A trama de origem costumeira,aberta a várias comparações com outros filmes mas que se faz necessária por se tratar de um personagem desconhecido do grande público.
Mas não é apenas nisso que o filme se trata de origem. Há também a origem do universo mágico e multidimensional dos quadrinhos para o cinema. O misticismo que foi subvertido nos filmes do Thor,mas que é peça central da história e mitologia de Stephen Strange,o Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch).
O ator em sua postura Sherlockiana, consegue encarnar o lado petulante do personagem mas de maneira humana e empática ao público. Não é nada fácil fazer com que as pessoas torçam por um protagonista que se acha o melhor do mundo e não ouve ninguém, inclusive gritando com a namorada. Além disso,a mudança de postura do personagem ao longo da história é perceptível e aos poucos a interpretação lhe dá ares de herói sem perder a identidade.
As demais atuações também se destacam como Tilda Swinton,a Anciã,que dá a imponência necessária ao personagem,justificando a mudança de gênero. Chiwetel Ejiofor, o barão mordo, consegue dar camadas ao seu personagem,que futuramente será o maior inimigo do protagonista, tendo também sua história de origem(mais uma), o que dá profundidade ao futuro vilão.
Esse ponto aliás,está em falta no universo Marvel, com poucos vilões memoráveis e bem desenvolvidos (talvez só Loki e quem sabe futuramente Thanos),o que pode mudar com Mordo mas que nesse filme não se aplica a Kaecilius (Mads Mikkelsen). Mais uma vez apesar de um excelente ator no papel, o vilão é raso e esquecível, mérito do roteiro e da fórmula Marvel. Aliás nesse caso nem é o vilão propriamente,mas um mero capacho.
Mesmo assim,não tão esquecível como o par romântico do herói,a doutora Christine Palmer (você não e lembrava do nome dela certo?) interpretada por Rachel McAdams e mesmo assim,apesar de um pouco mais de importância do que a Jane Foster de Thor por exemplo,não é tão substancial à trama.
Esses detalhes se fazem pela fórmula dos filmes,principalmente de origem...aliás aqui se origina algo(é a última,prometo) que deveria perpetuar em mais filmes...uma solução inteligente para uma batalha final...brilhante!
E claro,o primor dos efeitos especiais,extremamente necessários(senão um personagem à parte da trama)para esse universo do Doutor Estranho,trazendo imagens belíssimas que fazem jus ao 3D.
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