A lenda de Tarzan
(The Legend of Tarzan)
Gênero: Aventura.
Lançamento: 21/Julho/2016.
Com um personagem tão icônico e conhecido há mais de um século,e portanto alvo de várias adaptações,o roteiro de A Lenda de Tarzan acerta em contar uma nova história , assim como em Batman vs Superman – partindo da premissa de que o público já conhece a história do personagem-título -,com sua origem sendo contada através de flashbacks.
Do diretor David Yates, o longa narra a história do Lorde de Greystoke, John Clayton III (Alexander Skarsgard) – o próprio Trazan -, o qual é convidado para uma visita ao Congo em nome do Rei Leopoldo da Bélgica. Entretanto, tudo não passa de um plano do Capitão Leon Rom (Christoph Waltz) que quer entregar Tarzan ao chefe Mbonga (Djimon Hounsou) em troca dos raros Diamantes de Opar.
Falando um pouco do casting, Skarsgard consegue passar a ideia do personagem intrusivo, humilde e que transita de homem à animal facilmente.Falta um pouco de carisma ao ator, mas agrada muito nas cenas de ação, mostrando um Tarzan forte e que consegue lutar de igual para igual contra os outros animais, além de se comunicar e conversar com a própria selva, facilmente.
A história consegue retratar o povo do congo como fortes e que sabem se defender,além de mostrar que Jane (Margot Robbie) não é nem de longe apenas uma donzela em perigo,como definido por Rom: “Essa mulher...”.
Margot Robbie interpreta uma Jane a frente de seu tempo, longe de ser a donzela em perigo da obra original, ela mostra o porque é a esposa de Tarzan, já que é uma mulher forte e que sabe se virar muito bem sozinha, seja contra os homens ou na selva.
Christoph Waltz é Leon Rom ,o grande vilão por trás de tudo, carismático e confortável no papel,ele mostra que Rom é determinado e que não é apenas um homem ganancioso à frente de um exército, mas que consegue lidar de igual pra igual com Tarzan ou com um dos homens de Mbonga.
Este, aliás, fora o vilão com a melhor história e muito mal aproveitada – único ponto negativo da obra -, o drama profundo entre o chefe da tribo e o homem-macaco não poderia ser melhor desenvolvido e até levar às lágrimas mas apesar da boa interpretação de Djimon, o personagem ficou de lado.
Por fim, Samuel L Jackson é um personagem dispensável na trama – o que não significa que a atuação dele seja ruim, pelo contrario foi muito boa -, funcionando apenas como um belo alívio cômico e gerando boas risadas.
A diferença entre uma Inglaterra monocromática, fria e triste e uma África colorida e alegre dão um contraste interessante, percebido inclusive no casal principal, que se mostra contido na Europa e mais solto no Congo, transparecendo a ideia de voltarem ao lar e nos fazendo, em alguns momentos , nos sentir familiarizados com eles.
A Lenda de Tarzan é um filme com boas atuações, as sequências com os animais – esteticamente - são belíssimas, (não chegando ao nível de Mogli: O Menino Lobo (2016), mas deslumbram da mesma forma). Além do mais, as cenas de ação empolgantes, humor na medida certa e que contém todos os aspectos principais da mitologia do personagem em uma história nova,mostrando que não é preciso reinventar à roda,e sim usá-la de forma diferente das anteriores.
Vale muito o ingresso!!!
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