O quarto de Jack

(Room)

Gênero: Drama.

Lançamento: 04/Fevereiro/2016.

" Estamos em outro planeta? 

 É o mesmo, só que em um lugar diferente! "

   O Quarto de Jack, adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome escrito por Emma Donoghue, é um drama cativante, capaz de causar altas emoções naqueles que o assistem.

 A obra traz em seu enredo uma série de efeitos e sequências  capazes de nos levar para o interior do filme, possibilitando um contato direto com aquela relações emocionais que vão aparecendo.

    Vale ressaltar que a obra foi agraciado com inúmeras premiações, entre elas, os prêmios de Melhor Atriz concedido à Brie Larson, pelo Golden Globe, BAFTA e Oscar2016*.

   O filme conta a história de Jack (Jacob Tremblay), um garoto de cinco anos que nasceu e viveu toda sua vida em um cativeiro. Jack vive em um pequeno quarto junto com sua mãe Joy (Brie Larson), que foi sequestrada e assediada por “Old Nick” (Sean Bridgers).

   Crescendo em um ambiente totalmente enclausurado, sem qualquer contanto com o exterior, a mãe de Jack cria diversas histórias e contos de forma que seja possível proporcionar a ele um crescimento intelectual saudável e que ele possa entender a situação do cárcere sem lhe causar pânico – um pouco parecido com a técnica do personagem Guido Orefice(Roberto Benigni) para com seu filho Giosué Orefice(Giorgio Cantanini) no clássico italiano La Vita è Bella - .

   O mundo de Jack é resumido ao quarto, no qual o ápice de seu entendimento se resume apenas as coisas ali existentes, tendo como conhecimento do exterior apenas os relances de historias contados por sua mãe.

   No decorrer da trama, finalmente mãe e filho conseguem  ver  “ a realidade” (acredito que já era um pequeno spoiler já previsto) e Jack passa ter os primeiros contatos com a realidade sobre o verdadeiro mundo em que habita.

   Achei de grande valia trazer como analogia á obra o Mito da Caverna de Platão. Assim como os enclausurados nas cavernas viam o mundo real como meras ilusões. Ao se libertar desse mundo de Trevas, nas palavras de Platão, Jack, de imediato, se cega com a verdade dos fatos e não consegue entender nada, passando por adaptações até se acostumar com a realidade e poder entendê-la e assim, passar a viver como um garoto normal, portanto, o longa acaba por representar as limitações de seu pensamento, que prendiam não só seu corpo físico, mas também seu pensamento, limitando seu pensar aqueles meros traços de realidade do quarto que lembravam o exterior.

   Grande parte dessas tensões envolvem a mãe de Jack que, além de sofrer com essa transição, passa a analisar o quanto deixou de viver em razão do encarceramento.

   Em suma,  O quarto de Jack é uma obra completa, repleta de momentos reflexivos, dramas, conflitos sociais, além causar em nós um choque de realidade. O filme é densamente clamado pela crítica, recebendo grandes avaliações e diversas premiações. Sem exageros, qualifico o filme com uma avaliação de 10/10, na minha humilde opinião, sendo esta obra recomendadíssima.