Velozes e Furiosos 7
(Fast and Furious 7).
Gênero: Ação.
Lançamento: 02/Abril/2015 (EUA).
É evidente que, dentre toda a “franquia metamórfica” de Velozes e Furiosos, o 7º filme com
certeza se encontra entre os mais bem colocados, não diretamente pelo fato de
apresentar uma homenagem belíssima ao falecido ator Paul Walker, mas sim pela
construção do enredo, com uma riqueza de detalhes e um bom controle do ritmo de
desenvolvimento.
Era de se esperar que este novo roteiro possuísse aquele
“molde” refletido dos últimos três filmes, ou seja, desviar por um instante o
personagem de seu objetivo através da criação de desejos adjacentes. Assim,
conforme a história vai se desdobrando, estes desejos se interligam à trama
central para potencializar a sequência pré-clímax, dando mais ânimo para a história.
O que destruiu a tal expectativa foi à apresentação de uma
técnica até então não utilizada nesta série de filmes, no que se diz respeito a criação de uma trama evolutiva. Nesta técnica o protagonista jamais perde o
foco do seu objetivo, porém a jornada para alcança-lo sofre constantes
mudanças.
Logo nas primeiras cenas, o antagonista da vez, Deckard Shaw
(Jason Statham), já mostra uma
personalidade bem mais calculista que o vilão do filme anterior, entretanto a questão
mais importante e fantástica que envolve Deckard é o domínio que possui sobre toda a trama, servindo como “ferramenta” principal para que o
longa recebesse tantos méritos.
Este caráter diferencial de nasceu perante a excelente atuação de Jason Statham, criando não apenas o marco inicial do desenvolvimento do filme, mas a total personificação do sentimento de vingança mostrado em seu rosto, o que elimina de vez os comentários de Shaw ser crossover “malvado” do personagem Frank Martin de Carga Explosiva (The Transporter - 2002).
Este caráter diferencial de nasceu perante a excelente atuação de Jason Statham, criando não apenas o marco inicial do desenvolvimento do filme, mas a total personificação do sentimento de vingança mostrado em seu rosto, o que elimina de vez os comentários de Shaw ser crossover “malvado” do personagem Frank Martin de Carga Explosiva (The Transporter - 2002).
O set-piece é
muito empolgante, deixa um pouco de lado aquele trâmite polícia-ladrão
para se concentrar unicamente na essência mais pura do filme, o que de fato
deslanchou o sucesso da franquia. As corridas de rua.
Sim caros leitores, aquele universo construído pelas corridas de rua está de volta, fazendo surgir uma nostalgia do primeiro filme da série lançado em 2001, quando os roncos dos motores se destacavam bem mais que as grandes explosões e os combates armados.
É perceptível que em sagas ou trilogias, alguns personagens vão adquirindo uma relevância maior no enredo. Puxando a fila do já consagrado elenco de Velozes e Furiosos, a personagem que deu o salto mais alto foi, sem dúvida, Letty Ortriz.
Vivida na pele da norte-americana Michelle Rodriguez, Letty não
passava da namoradinha durona de Dom, sendo uma figura tão apagada na série
quanto Vince (Matt Schulze). Se hoje Letty ganhou
um espaço mais significativo na equipe de Dominic Toretto (Vin Diesel), devemos
aplaudir o excelente trabalho do diretor Justin Lin, o qual depositou uma
confiança enorme na atriz, colocando-a como ponto de partida para a trama do 4º
filme e posteriormente como peça chave do 6º filme. Esses casos foram o
suficiente para Michelle provar a responsabilidade e capacidade que a tornam
uma ótima atriz, deixando ainda mais interessante o trabalho do diretor do último
longa da série, o famoso James Wan.
Conhecido pelos sucessos de terror americano: Jogos Mortais(Saw - 2004), Jogos Mortais 3(Saw 3 - 2006) , Gritos Mortais (Dead Silence -2007), Sobrenatural (Insidius - 2011), Sobrenatural Capítulo 2 (Insidius Chapter 2 - 2013), Invocação do Mal (The Conjuring -2013), Anabelle( Anabelle – 2014), e A Casa dos Mortos (Demonic – 2015), Wan não obteve uma recepção muito calorosa dos críticos de filmes de ação, por conta não ser um gênero comum em seu curriculum. Entretanto o jovem Malasiano empenhou todo o seu conhecimento sobre cinema e apresentou aos telespectadores um dos melhores filmes de ação de 2015, sem falar na decisão de utilizar computação gráfica do rosto dos dois irmãos de Paul Walker, com o fim de manter vivo o personagem Brian O'Conner - Por conta do ator ter morrido na época das gravações.
Conhecido pelos sucessos de terror americano: Jogos Mortais(Saw - 2004), Jogos Mortais 3(Saw 3 - 2006) , Gritos Mortais (Dead Silence -2007), Sobrenatural (Insidius - 2011), Sobrenatural Capítulo 2 (Insidius Chapter 2 - 2013), Invocação do Mal (The Conjuring -2013), Anabelle( Anabelle – 2014), e A Casa dos Mortos (Demonic – 2015), Wan não obteve uma recepção muito calorosa dos críticos de filmes de ação, por conta não ser um gênero comum em seu curriculum. Entretanto o jovem Malasiano empenhou todo o seu conhecimento sobre cinema e apresentou aos telespectadores um dos melhores filmes de ação de 2015, sem falar na decisão de utilizar computação gráfica do rosto dos dois irmãos de Paul Walker, com o fim de manter vivo o personagem Brian O'Conner - Por conta do ator ter morrido na época das gravações.
Uma das características mais marcantes foi o estilo de filmagem nas sequências de ação. A maneira com que as câmeras se alternavam perante os movimentos dos personagens foram incríveis. É possível perceber este efeito nas cenas de adrenalina, como carros saltando de para-quedas ou atravessando prédios, porém essa técnica é notada com maior detalhe nas cenas de puro combate corpo a corpo.
É claro que estas passagens nunca teriam sentido se não houvesse
uma boa trama que às envolvesse, contudo paara compreender melhor o enredo deste longa,
é necessário ter, no mínimo, um breve conhecimento sobre o anterior.
Relembrando um pouco do sexto filme da série, o Agente Hobbs (Dwayne Johnson) pede ajuda à equipe de Toretto para capturarem um bandido internacional chamado Owen Shaw(Luke Evans). No decorrer da história, a equipe finalmente alcança este objetivo e acaba deixando o vilão paraplégico.
Neste novo filme, o irmão de Owen (Deckard Shaw) inicia uma caçada alucinante atrás de Toretto e toda a sua trup ,em busca de vingança.
É natural a trama soar um tanto quanto “clichê”, por já ser uma ideia clássica para filmes de ação, mas tudo se torna mais interessante com a morte de um dos integrantes dessa equipe, Han.
A pequeníssima participação de Sean Boswell (Lucas
Black), sacramentando de vez a tese de que apenas com as ultimas cenas do 6º e
a primeira meia hora do 7º filme, foram suficientes para explicar de forma
clara a morte do Han, ou seja, a única questão que “segurava” a importância do
3º filme foi reexplicada em menos de uma hora, tornando, definitivamente a existência
de Tokyo Drift desnecessária( e mesmo
que não fosse, o filme continuaria bem abaixo da média).
Ao receber a triste notícia da morte de seu amigo como um “cartão
de visitas” de Shaw, Dom decide praticar o mesmo espírito de vingança, não medindo
esforços para encontrar seu inimigo e mostra-lhe as consequências daqueles que
ameaçam a “família” Toretto.
Esta “dupla vingança” foi uma sacada bem pensada. Mesmo que
o filme trate Shaw como antagonista, é possível compreender a histórias por ângulos
diferentes, fazendo-nos aceitar, de certa forma, a decisão tomada por Shaw,
tirando aquela ideia pré-formada de que o vilão é um ser egocêntrico, malfeitor
e quer dominar ou roubar o mundo.
A fim de incrementar a vingança de
Dom, surge o personagem Mr Nobody(Kurt Russel) para apresentar o Mc Guffin do filme, o elemento que mais
transforma a trama, o God Eye (Olho de Deus).
Desenvolvido pela Hacker Ramsay(Nathalie Emmanuel), o God Eye é um
rastreador super tecnológico capaz de infiltrar em equipamentos de
monitoramento, permitindo encontrar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo.
A necessidade deste programa é fundamental para Dom encontrar seu rival e
finalmente ambos acertarem as contas do passado.
Em meio a carros caindo de aviões, saltos entre os prédios e
muita, muita ação, o longa começa a ficar apelativo demais, entretanto o
excelente roteiro de Chris Morgan I e Gary Scott Thompson não permitiu que estes fatos criassem um
desapontamento ao nível de desmotivar o espectador.
A única coisa que não evolui no filme é o ritmo. Desde a primeira cena até o nível mais exaltado do clímax, a velocidade de desenvolvimento, ou simplesmente, o paicing, permaneceram estáveis. O que de certa forma foi coerente, visto que a partir do momento em que temos um filme com evolução de enredo, a variação de ritmo pode ser fatal, transformando tudo em um “bolo alimentar” super confuso.
Algo incomum que ocorreu no desfecho foi....a não existência
dele(tecnicamente). Diferente de todos os outros, o fim desta história faz um
gancho sutil para mais um possível oitavo filme e em seguida se concentra
inteiramente em uma homenagem emocionante.
"O que importa é onde você se faz presente sem depender da distância, seja 1 Km, um país ou em outro mundo.
Você sempre estará comigo.
Você sempre será meu irmão! "
Você sempre estará comigo.
Você sempre será meu irmão! "
Muito boa a análise, porém na minha opinião, o ator Lucas Black deveria ter uma participação maior e mais relevante no filme, pois assim ele seria uma peça fundamental na vingança da equipe do Toretto contra o Deckard Shaw, o que tornaria o filme ainda mais interessante.
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