Jurassic World: Mundo dos Dinossauros

 (Jurassic World).

Gênero: Ficção Científica.
Lançamento: 11/junho/2015.

" Tudo isso foi feito apenas para mostrar ao mundo o quanto somos pequenos"
                                                     
Os gigantes estão de volta!!!


    Para a alegria de fãs, a franquia iniciada nos anos 90 ganha mais um capítulo. Estrelando como o 4º filme da série, Jurassic Word foi sem dúvida um dos filmes mais esperados do ano de 2015 - visto que já se fazia 12 anos que os dinossauros de Spielberg não surgiam nas telonas.

   Falando nisso...

   Ao saber que o então cineasta Stiven Spielberg não estaria à frente da direção e sim como produtor executivo, especulou-se que este novo filme fosse apenas um Show-off das histórias anteriores somada a uma presença maior de efeitos especiais, estavam completamente enganados.

   De fato, o filme possui alguns furos e um mau aproveitamento de certos personagens, mas  diretor e também roteirista (neste em parceria com Derek Connoly) Colin Trevorrow  apresentou uma obra a altura do que se podia notar nos trailers, fazendo-a estar longe de ser considerada péssima.


   O enredo e o ritmo dos acontecimentos são muito bem feitos e nada enjoativos. Levando em conta que é deixada uma leve crítica no ar, sobre o quanto um empreendimento pode se “cegar” ao universo em que vive, quando está focado apenas em aumentar seus números e atingir suas metas. Outro ponto de se chamar a atenção foi à troca de papeis em relação à maestria da trama. Ao invés de apresentar a jornada dos seres humanos e suas decisões perante as ações extintivas dos dinossauros, foi optado em construir um enredo que mostre a situação oposta, ou seja, os animais são as peças-chave que orquestram a trama do inicio ao fim e as pessoas são simples acompanhadoras da inércia dos bichos.

   Seguindo este rumo que o personagem central da história Indominus Rex (uma criatura geneticamente modificada, semelhante a um dinossauro) desenrola todo o filme, sendo misterioso e surpreendente a cada cena - à medida que pouco a pouco o espectador vai se familiarizando mais  com o “X-Dino”.



   A ausência do respeitável ator e ícone da franquia Sam Neill, não fora uma grande decepção. É claro que a imagem do incrível Dr. Alan Grant jamais será apagada, mas desde já eu garanto que Owen Grandy(Chris Pratt) assumiu bem a  responsabilidade – sendo um dos poucos atores que apresentaram uma boa atuação.



 Sim caros leitores, o fato de atores já serem consagrados ou pouco conhecidos não os favorecem ou dificultam de atuarem bem e sinto dizer que um dos problemas de Jurassic World foi a atuação do cast (a qual deixou a desejar) e o mau aproveitamento de personagens julgados importantes. 

Com um simbólico “troféu framboesa” a atriz que possuiu a atuação menos convincente foi Bryce Dallas Howard no papel de Claire Dearing. E extremamente complicado entender que uma mulher tão confusa e insegura quanto Claire, pudesse ter a responsabilidade de dirigir um espaço como aquele, mostrando ter grandes dificuldades na resolução dos problemas e pouco controle e calma sobre as situações. É claro que, perante a um dinossauro faminto, todos podem se assustar e perderem um pouco o controle, mas uma diretora do Parque, que trabalha há tanto tempo com esses animais e apresenta um bom conhecimento sobre o sistema econômico, mapeamento da área e grupos de pesquisas, talvez tomasse uma atitude menos impulsiva.


   Outros personagens que não tiveram tanto aproveitamento foram: O dono de parque, Mr. Masrani (Irrfan Khan) e  o diretor de genética Dr. Wu(B.D Wong). No caso do primeiro, a responsabilidade era muito grande, pois substituir o espaço de John Hammond não seria algo tão simples, e de fato Masrani mostrou carisma e apresentou o mesmo espírito deixado pelo seu antecessor – o qual é mencionado sempre através dos ensinamentos deixados-,o problema foi o desfecho simples dado a um papel de tal importância (me perdoem se isto foi um spoiler. Hahahah).


   Mesmo tendo o mutante Indominus como protagonista, Trevorrow não poderia sonhar em deixar de fora a espécie mais famosa desta saga, espécie responsável por algumas das cenas clássicas das obras anteriores, sem falar em uma presença dominante (praticamente) em Jurassic Park 3. Os Pet’s  de Spielberg, mais conhecidos como veloceraptors.
 
   Owen é um ex-soldado da marinha e integrante de um projeto de pesquisa de inteligência do Jurassic World, onde atua como adestrador de raptors. A ideia dessa sub-trama é fundamental para não deixar o enredo cansativo, visto que o núcleo principal é simples e limitado. Assim como já era de costume nos longas anteriores, é criado algumas situações de conflito(desde dramas familiares até debates ideológicos) a margem da trama principal, a fim de estimular os sentimentos dos personagens para que, aos poucos, eles possam apresentar suas personalidades e mostrar um certo amadurecimento no desenrolar da história.



   Infelizmente o resultado acabou não sendo o esperado e este amadurecimento dos personagens não ocorre de forma natural. O conflito familiar envolvendo Gray(Ty Simpkins), um garoto curioso e sonhador e seu irmão mais velho Zach(Nick Robinson), exibindo aquele estereótipo do típico adolescente “chatão” e acomodado, não é tão natural e o drama vai perdendo o filling durante o filme até ser praticamente esquecido - diferentemente da presença infantil apresentada no longa de 1993.


 
   Apesar dos pequenos deslizes, as sequencias de ação/perseguição são interessantíssimas, os planos foram bem construídos, a mixagem de som muito bem trabalhada e o  detalhamento dos dinossauros é sensacional, sem falar na intensidade em meio a presença do clímax – o que pareceu um pouco forçado, entretanto gostoso de ser assistido.


   Em suma, Jurrasic Wold não se equipara à grandeza dos lançamentos anteriores - o primeiro, em especial-, mas com certeza resgatou toda aquela nostalgia da saga e garanto que muitas pessoas assistirão mais de uma vez, além da alta tecnologia explicita do começo ao fim - tanto dentro como fora das telonas.



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